O director dos Serviços de Controlo Interno da Inspecção-geral no Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Fernando Maquele, defende a criação de associações e cooperativas para garantir o envolvimento das comunidades no processo da exploração dos recursos minerais no país. Segundo o responsável, esta medida poderá igualmente, garantir a exploração sustentável dos recursos existentes no país bem evitar o seu contrabando.
“Esta estratégia tem em vista fazer com que as populações também se envolvam na exploração dos recursos à sua volta, mesmo reconhecendo que nos últimos anos o Estado tem vindo a perder milhões e milhões de meticais”, justifica Fernando Maquele.
Segundo director dos Serviços de Controlo Interno da Inspecção-geral, que falava, na cidade de Nampula, o prejuízo obtido pelo Estado resulta do contrabando de produtos que incluem ouro, rubis, tantalite, granada, entre outros, sobretudo nas províncias com grande intensidade mineira.
De referir que o relatório de avaliação nacional de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, em Moçambique, disponibilizado pelo grupo do Banco Mundial, evidencia que a transacção de metais, perdas preciosas e semi-preciosas tem sido uma das fontes de financiamento do terrorismo no país.