Os ministros dos Negócios Estrangeiros das sete maiores economias democráticas do mundo agrupados no chamado G7 condenaram o Ruanda e o grupo rebelde M23 pelas suas acções armadas na República Democrática do Congo (RDC).
Num comunicado emitido após a sua reunião em Quebec, no Canadá, na última sexta-feira (14), os ministros ignoraram as declarações do Governo de Kigali de que não está envolvido directamente no conflito e “condenaram a ofensiva do M23, apoiada pelo Ruanda no leste da RDC e a violência, a deslocação e as graves violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário daí decorrentes”.
“Esta ofensiva constitui um flagrante desrespeito pela integridade territorial da República Democrática do Congo”, diz o comunicado citado pela VOA, que acrescenta que os ministros “reiteraram o seu apelo para que o M23 e a Força de Defesa do Ruanda se retirem de todas as áreas controladas”.
O governantes das sete maiores economias do mundo “pediram que todas as partes apoiassem a mediação liderada pela Comunidade da África Oriental e pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, promovessem a responsabilização pelos abusos dos direitos humanos cometidos por todos os intervenientes armados, incluindo o M23 e as FDLR, e se comprometessem com uma resolução pacífica e negociada do conflito, incluindo a participação significativa das mulheres e dos jovens”.
As Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) operam dentro da RDC e são acusadas por Kigali de serem formadas por membros da etnia hutu, que estiveram envolvidos no genocidio dos tustis no Ruanda em 1994.
O comunicado surge poucos dias antes de Luanda ser o palco do primeiro encontro directo entre representantes do Governo da RDC e do M23.
O Governo de Kinshasi tinha até agora recusado negociar directamente com o M23 e por o considerar ser um grupo totalmente controlado pelo Ruanda.
(Foto DR)
Deixe uma resposta