FNB perspectiva um crescimento da economia nacional na ordem de 5 a 6% para 2023

A economia nacional vai registar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 5 a 6 por cento no exercício económico de 2023. Esta é a perspectiva avançada pelo estudo divulgado, esta quarta-feira, em Maputo, pelo FNB Moçambique, subsidiária do Grupo First Rand.

O crescimento do PIB será suportado pelo crescimento de sectores como a Agricultura (com uma contribuição entre 20 a 25 por cento), a Logística; a continua recuperação da Hotelaria e Turismo, Mineração e Pesca.

O estudo, fundamentado nas Perspectivas Económicas para 2023 – África e Moçambique, foi conduzido pela equipa de pesquisas económicas do RMB (Rand Merchant Bank), braço corporativo do FirstRand. A apresentação deste estudo foi liderada por Daniel Kavishe, economista do Rand Merchant Bank (RMB) e  Alfredo Mondlane, Gestor Sénior de Crédito do FNB Moçambique.

É de se esperar um crescimento num ambiente económico marcadamente adverso caracterizado, essencialmente, por choques decorrentes de incertezas geopolíticas, financeiras e de ordem político-militar (conflito Rússia – Ucrânia).

Os sinais emitidos pela economia vêm assinalar a tendência de recuperação económica, após um período de desaceleração provocado pela queda dos preços das principais commodities no mercado internacional e a pandemia da Covid-19. Entretanto, prevê-se que a exportação do gás da bacia do Rovuma (projecto offshore), como do carvão mineral, continue a crescer em 2023, resultante do conflito russo-ucraniano.

“A narrativa económica para Moçambique é boa e esperamos um crescimento na ordem de 5 a 6 por cento. Quando comparamos o crescimento económico deste ano com o de outros anos, é visível um estado de recuperação gradual”, disse Alfredo Mondlane, do FNB.

Daniel Kavishe anotou que, ao nível do continente africano, a inflação vai conhecer uma redução significativa e permanecerá estruturalmente acima da média, a longo prazo. Kavishe sublinhou, ainda, que a política fiscal poderá permanecer limitada na maioria dos mercados devido, em parte, aos elevados custos do financiamento.

O economista do RMB fez saber que está em curso, o acompanhamento pormenorizado do processo de reestruturação da dívida em países como o Ghana e a Zâmbia. Para este ano, anotou ainda o economista, as previsões apontam para a volatilidade da moeda com uma tendência geral para uma maior depreciação de algumas moedas.

O evento contou com cerca de 150 participantes de diferentes sectores da economia e suscitou bastante interesse, onde a audiência teve a oportunidade de saber mais e esclarecer-se sobre temas relacionados com o crescimento da economia nacional e africana, regionalização, volatilidade da taxa de inflação, sectores em crescimento e outros.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.