O Fundo Monetário Internacional (FMI) poderá desembolsar um apoio financeiro para Moçambique até meados de 2022, talvez no final do primeiro semestre, segundo garantias dadas, esta quarta-feira, por uma fonte do fundo em Moçambique.
A fonte, citada pela lusa, avançou a possibilidade considerando que as negociações em curso, desde o início da semana, em formato virtual, sejam concluídas com sucesso.
“Se as negociações forem concluídas com êxito nas próximas semanas, acreditamos que possa haver uma aprovação pelo Conselho Executivo do FMI antes do meio do ano”, referi.
As conversações entre Moçambique e o FMI visam acertar “um novo programa de financiamento – ECF (Extended Credit Facility)”, acrescentou a mesma fonte, sendo que “a agenda segue as necessidades de discussões, e, por enquanto, não há uma data específica para a conclusão”.
Os valores que o Fundo podera desembolsar para o pais ainda permanecem uma incógnita.
Em cima da mesa e em discussão com Moçambique estão “uma série de reformas previstas nas áreas de gestão dos recursos naturais, governação e melhorias na gestão das finanças públicas”.
“Um programa apoiado pelo Fundo pode ajudar a aliviar as pressões financeiras num contexto de recuperação económica, apoiar a agenda das autoridades na redução da pobreza e na restauração de um crescimento equitativo e sustentável”, disse o FMI em Dezembro, quando anunciou as conversações para finais de Janeiro.
O FMI foi um dos parceiros a suspender as ajudas directas a Moçambique em 2016 na sequência da descoberta do escândalo das dívidas ocultas do Estado, no valor de 2,7 mil milhões de dólares.
As injecções financeiras para os cofres do Governo seriam depois retomadas em forma de ajuda pós-ciclones em 2019 e para enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus em 2020.