O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou hoje ligeiramente a previsão de crescimento económico para a África subsaariana em 0,1 pontos percentuais, para 3,8%, mantendo a estimativa de 4% para 2023, face às previsões de Janeiro.
De acordo com as Previsões Económicas Mundiais, hoje divulgadas no âmbito dos Encontros da Primavera, as economias da região vão crescer 3,8% este ano, registando-se uma expansão de 3% em Angola e de 6,1% na Guiné Equatorial, que assim interrompe vários anos de recessão, embora deva voltar a um crescimento negativo no próximo ano.
Segundo o documento que é citado pela Lusa, a Nigéria, a maior economia da região, deverá registar uma expansão económica de 3,4% e de 3,1% neste e no próximo ano, o que representa uma melhoria de 0,7 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente, face à atualização de Janeiro das Previsões Económicas Mundiais divulgadas em Outubros do ano passado.
“Na África subsaariana, os preços mais altos dos alimentos vão prejudicar o poder de compra dos consumidores, principalmente entre as famílias com menores rendimentos, o que vai influenciar negativamente a procura interna; a agitação social e política, principalmente na África Ocidental, também influencia a perspetiva de evolução” das economias da região, lê-se no documento hoje divulgado.
Segundo a fonte o petróleo, que tem estado acima dos 100 dólares, é um ponto positivo para os principais exportadores de petróleo na região, como a Nigéria e os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, que, no conjunto deverão crescer 3,4% e 3,1% em 2022 e 2023.
O relatório hoje divulgado não apresenta as previsões para todas as economias africanas, cuja análise regional só ficará disponível na próxima semana, quando for divulgada o relatório sobre as Previsões Económicas para a África subsaariana.
Fonte: Lusa