O Fundo Monetário Internacional (FMI) negou na última sexta-feira, estar a forçar Moçambique a reduzir a a sua massa salarial em 17% até 2026.
O director para África do FMI, Abebe Selassie, disse numa conferência de imprensa que um novo pacote de ajuda a Moçambique deverá ser aprovado pela direcção do FMI, mas acrescentou desconhecer qualquer plano para forçar Moçambique a adoptar uma redução da massa salarial do funcionalismo público.
Em Maio deste ano a direcção do FMI aprovou um programa de extensão de crédito de 456 milhões de dólares (Extended Credit Facillity ECF).
Em Setembro o FMI e as autoridades moçambicanas “alcançaram um acordo sobre políticas que poderão apoiar a aprovação executivo da primeira revisão do programa ao abrigo do ECF e levar à primeira entrega de cerca de 63,8 milhões de dólares”, disse uma declaração do FMI citado pela VOA.
Um memorando do próprio governo moçambicano disse, no entanto que o governo irá estabelecer reformas de emprego e remuneração do sector público com vista a “colocar a massa salarial em torno de 10,8% do PIB até 2026”.
O governo moçambicano diz nesse memorando que planeia substituir “apenas um em cada 3 funcionários que saiam da função pública, excepto nos sectores da educação, saúde, justiça e agricultura”.
O portal Carta de Moçambique disse que ao abrigo desse plano “a massa salarial total do serviço público deve ser cortada em 17% até 2026, um corte de US$ 425 milhões por ano”.
Interrogado sobre se havia planos dentro do programa do FMI para reduzir os salários da função pública em 17% Selassie respondeu: “Não é do meu conhecimento.”
“Há um programa que será aprovado, mas que seja do meu conhecimento não contém cortes salariais”, acrescentou.
Deixe uma resposta