O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que é um pouco sensato limitar o desenvolvimento dos projectos de gás da bacia do Rovuma no norte do país, visto que a sua ligação ao consumo de combustíveis fósseis é um problema para ser resolvido a nível global e “não à custa um ou outro país”.
Segundo o representante do FMI em Moçambique, Alexis Meyer-Cirkel, que falava esta segunda-feira sobre as perspetivas económicas regionais e da nação lusófona, Moçambique é um país que emite muito pouco carbono, proporcionalmente à população (30 milhões de habitantes) e em comparação com os restantes países no mundo.
“Acho que essa discussão, o impedimento de Moçambique desenvolver essa riqueza, penaliza desproporcionalmente um país que não tem contribuído” como outros para a criação do problema e que é um país mais pobre”, considera Alexis Meyer-Cirkel.
Para Alexis Meyer-Cirkel o gás de Moçambique é um gás razoavelmente limpo comparado com outras fontes não renováveis. E neste sentido, o gás do Rovuma deverá desempenhar um papel fundamental na economia moçambicana na próxima década.
Contudo, o representante do FMI em Moçambique considera que a transição para fontes renováveis vai levar algum tempo e essa transição só pode ser feita com fontes não renováveis, pelo menos por um certo tempo.