O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspende negociações com o governo do Malawi para uma eventual retoma de financiamento ao país. Em causa esta os altos níveis da dívida que o país possui, associados a economia fragilizada, caracterizada pela escassez de divisas, combustível, alimentos.
Refira-se que o Malawi está com uma dívida externa de 3,44 biliões de dólares, o que representa 56,8% do Produto Interno Bruto.
Os números representam pressão sobre o espaço fiscal e o FMI considera que o país está num nível de sobreendividamento e insustentabilidade da dívida, o que impede a prosseguir com as conversações.
A situação económica do país, impõe segundo a directora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, solicitar alívio da dívida aos credores, especialmente a China e ao sector privado.
Esta é a fórmula que poderá levar o FMI a retomar o financiamento para que o Malawi possa reerguer-se economicamente e tornar-se um mercado viável para investimento.
A posição do Fundo Monetário Internacional, não resolve a já complicada situação para o Malawi, cuja Balança de Pagamentos funciona de forma deficitária.
Aliás, a economia malawiana atravessa uma grave crise, cuja recuperação não se vislumbra a curto prazo, e depois da desvalorização do kwacha, moeda local em 25 % em relação as principais moedas do mundo, esperava-se que o FMI fosse sensível.
Volvidos três meses depois da desvalorização, o Malawi enfrenta uma provocada pela falta de divisas, facto que poderia ser revertido se o FMI tivesse retomado o financiamento.
O ministro das finanças do Malawi, Sosten Gwengwe, disse que o país nunca deixou de pagar suas dívidas com credores comerciais internacionais, justamente pelos efeitos adversos à economia.
Assegurou que o executivo malawiano optimizou o orçamento e criou instrumentos para fazer face ao défice de financiamento, uma estratégia visando controlar o nível de endividamento do país. (RM)
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