O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, reiterou, hoje, sexta-feira (21), que estão “lançadas as sementes” para reforçar a cooperação entre Maputo e Bissau.
“Depois de intensos três dias de trabalho no nosso solo pátrio, chegou hoje ao fim a visita de Estado do meu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló. Como tivemos a oportunidade de afirmar no primeiro dia, estão lançadas as sementes para a criação de todas as condições de trabalho e cooperação entre os dois povos e países”, declarou Filipe Nyusi, citado pela RFI.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, terminou hoje uma visita de Estado a Moçambique, iniciada na quarta-feira, na qual foi assinado um acordo geral de cooperação entre os governos dos dois países.
Durante a visita, os dois maiores partidos da oposição, Renamo e MDM, criticaram a atribuição das Chaves da Cidade de Maputo a Umaro Sissoco Embaló e a sua ida ao Parlamento.
Marcial Macome, eleito da Renamo na Assembleia Municipal de Maputo, disse que o Presidente guineense é “uma figura que não respeita as instituições democráticas”, apontando “a forma como tem lidado com a política dentro do seu país, dissolvendo parlamentos, exonerando governos”.
Por sua vez, o presidente do MDM, Lutero Simango, disse que Umaro Sissoco Embaló “não é um bom exemplo a seguir”. “Nós não nos podemos associar com um Estado que impede o funcionamento de um Parlamento. Não podemos participar na recepção de um Presidente da República que impede a existência de um Parlamento. Quando num país não existe um Parlamento, então esse país não se pode classificar como democrático, muito menos um país multipartidário que defende um Estado de Direito”, afirmou Lutero Simango, em conferência de imprensa, na quinta-feira.
(Foto DR)
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