O Presidente da República, Filipe Nyusi, pede perdão das dívidas dos credores aos países africanos, de modo a flexibilizar a recuperação das economias, afectadas pela pandemia do novo coronavírus.
Falando, esta quinta-feira em Bruxelas, numa reunião de alguns líderes africanos com o Conselho Corporativo Europeu para África e Médio Oriente, o Estadista moçambicano justificou o seu pedido, com o facto de algumas economias africanas estarem vulneráveis.
Citado pela Rádio Moçambique, Filipe Nyusi, aponta a solidariedade internacional como uma das chaves para a melhoria dos sistemas de saúde nos países em vias de desenvolvimento.
Sublinhou a necessidade de se colocarem em prática as parcerias feitas entre a União Europeia e a União Africana.
“Em outras ocasiões, acabei de fazer uma referência, pode vacinar toda a Europa, mas a Europa precisa daqueles outros que não são vacinados. A Europa viaja par África, Ásia e quando viaja, pode voltar com a doença que não curou, que não tratou, porque tratou de forma egoísta só o espaço que coabita”, disse.
O encontro de líderes africanos para mudanças antecedeu a abertura da sexta Cimeira União Europeia-União Africana, que decorre na Bélgica.
O posicionamento do Estadista moçambicano foi também a essência do discurso do Presidente do Senegal e da União Africana, Mack Sall, na sessão de abertura da cimeira.
“Seiscentos milhões de habitantes hoje em dia não têm acesso a vacina e continuam a ter necessidade, e esperamos da Europa uma prova de solidariedade muito concreta, neste ponto, tendo em conta aquelas necessidades e as limitações específicas do nosso continente”, disse.
Líderes africanos pedem mais prática, da União Europeia, no quadro da cooperação entre os dois blocos, posicionamento manifestado na sexta Cimeira União Europeia-União Africa, que decorreu na Bélgica e que terminou nesta sexta-feira.