O antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, está a ser julgado pelas autoridades norte-americanas, no Tribunal de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA). Ele é acusado de crimes de conspiração para cometer fraude financeira e lavagem de dinheiro obtido através desta conspiração.
A acusação terá apresentado, em sede do tribunal, evidências de que Chang recebeu um total de sete milhões de dólares de subornos. Dois milhões para viabilizar empréstimos da ProIndicus e cinco milhões de dólares para viabilizar o empréstimo a EMATUM.
Refere o Centro de Integridade Pública (CIP) que foram apresentadas evidências de que familiares de Manuel Chang se teriam deslocado de Moçambique para outros países onde foram receber dinheiros das Dívidas Ocultas. A lista contempla os nomes da falecida esposa, Lizete Chang, da filha, Manuela Solange Chang, e do genro, Ingilo Dalsuco. Este último é tido como a testa de ferro de Manuel Chang em negócios imobiliários duvidosos com o Estado moçambicano. Viajaram para Dubai e Beirute, Líbano, para receber o dinheiro das dívidas ocultas.
Um empresário que actua em Moçambique no ramo automóvel, de nome Luís Filipe Pereira Rocha Brito, foi acusado de ter recebido parte do valor de suborno de Chang. O mesmo empresário teria devolvido todos os sete milhões de dólares para o Ministério das Finanças de Moçambique, através de depósito em uma conta domiciliada no Banco de Moçambique, em Novembro de 2019, escreve o CIP.
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