Uma investigação da Oxfam sobre os índices de desenvolvimento em vários países, incluído os da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), revelou que existem moçambicanos muito ricos e que 50 possuem activos superiores a 10 milhões de dólares.
“Moçambique tem a quinta maior desigualdade de rendimentos na SADC e a sétima mais alta do mundo”, escreve a Oxfam, ao mesmo tempo que diz que “um pequeno grupo de cidadãos [moçambicanos] é ‘excessivamente’ rico: os 1% mais ricos ganham 31% do rendimento nacional”.
O estudo que também abrange desigualdades sociais mostra, de acordo com a Oxfam, que no país “existem 50 indivíduos moçambicanos [que] possuem activos superiores a 10 milhões de dólares”.
“A desigualdade está a crescer rapidamente, mais de 10 milhões de moçambicanos continuam a viver na pobreza, e a desigualdade de género é a 8ª mais alta do mundo”, lê-se numa publicação da confederação de organizações.
No índice de redução de desigualdades, Moçambique ocupa o 116.º lugar entre 158 países no CRI, 18° entre 47 países em África e 9° na SADC.
De acordo com a publicação, que cita um relatório, muitos governos membros da (SADC) continuam a mostrar um compromisso considerável no combate às desigualdades – mas ainda não estão nem perto de compensar a enorme desigualdade produzida pelo mercado.
A África Austral é a região mais desigual do mundo e contém os três países mais desiguais do mundo (África do Sul, Namíbia e Zâmbia), e outros 3 entre os 10 mais desiguais (Eswatini, Moçambique e Botswana). Todos os Estados-membros da SADC, à excepção da Tanzânia e da Maurícia, estão no topo 50 dos países mais desiguais.
A região tem baixas proporções de trabalhadores com contratos e direitos formais (e, portanto, acesso a salários por doença, protecção do emprego, etc.), com menos de 40% a gozarem desses direitos no Malawi, Zimbabwe, Angola, RDC, Zâmbia, Tanzânia, Moçambique e Madagáscar.
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