O antigo presidente da Autoridade Tributária de Moçambique (AT) e do Instituto Nacional de Estatística (INE), Rosário Fernandes, considera que as dificuldades financeiras que o Estado moçambicano enfrenta derivam, em parte, do excessivo despesismo da parte dos servidores públicos.
Rosário Fernandes, que também foi vice-ministro de Indústria e Comércio, fala de erros graves na governação, agudizados pela falta de ética e probidade da grande parte dos servidores públicos. Para o antigo governante, não se pode administrar um Estado através de verborreia populista e irreal, sublinhando que “uma boa governação se faz com o compromisso na transparência, ética, educação e formação do cidadão em diferentes áreas”.
Na quinta-feira (25), Rosário Fernandes esteve com a comunidade académica da Universidade Pedagógica de Maputo (UP) para dar aulas de pedagogia sobre a probidade e estabilidade governativa.
Citado pelo Media Fax, Fernandes aproveitou a data, 25 de Abril, que coincide com a Revolução dos Cravos em Portugal e que culminou com o derrube do regime fascista, para recordar que, as transformações políticas que se verificaram na antiga colónia e que culminaram com a independência de Moçambique em 1975, resultaram do descontentamento do povo português devido à miséria, pobreza, injustiças, desigualdades e outros males.
Segundo Rosário Fernandes, estes males derivam da falta de compromisso dos governos do dia para com os seus cidadãos.
“Em vez de investir de forma significativa e focalizada na educação e formação dos cidadãos em diferentes áreas, os servidores públicos focam-se na corrupção, tráfico de influência, enriquecimento ilícito, despesismo excessivo e falta de ética e deontologia na gestão de bens públicos”, sublinhou a fonte.
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