O sistema de educação escolar em Moçambique está a lidar com situações que colocam em dúvida as competências dos seus dirigentes. Desde a má qualidade de ensino aos erros nos manuais só este ano já foram várias as demonstrações de falta de destreza.
A mais recente prova disso é o exame da disciplina de Ciências Sociais, do sétimo ano do ensino primário. A prova apresentava-se desviante da matriz aprovada pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH). Mas também, segundo notas feitas circular nas redes sociais, a cotação da avaliação terminava com 18 valores. Em Moçambique, a cotação máxima estabelecida nas avaliações de ensino e de 20 valores.
Os professores teriam sido os primeiros a ficar estupefactos com as questões elaboradas para o referido exame, além dos erros de linguagem e ortografia. Mas, porque deviam examinar os alunos, assim se fez. Nota-se, porém, que os professores recorreram a pesquisas na internet para encontrar as respostas e passá-las aos alunos de modo a conseguirem o mínimo de 10 valores.
“Colegas, como professores, o que vamos fazer pelo nosso país? Onde é que vamos reclamar? Quem nos vai ajudar? Quem nos vai ouvir?”, escreveu um professor em desabafo.
Consta também que para algumas escolas foram enviados, nos envelopes de Ciências Socias, exames para alfabetização de adultos.
Perante estas situações, o MINEDH ordenou a anulação do exame de Ciências Sociais da 7ª Classe do ensino primário a nível nacional, devendo realizar-se na próxima terça-feira (22), refere a Miramar, na sua página do Facebook.
No entanto, o exame pode ser validado devido à dispersão dos alunos após a sua realização, uma vez ser habitual os alunos irem de férias longe das escolas.
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