O Governo norte-americano afirma que a corrupção, a degradação de infra-estruturas e altas taxas de juros constituem alguns dos principais desafios que afectam o clima de investimentos em Moçambique.
A informação consta num documento de avaliação sobre as potencialidades de investimento em Moçambique para 2024, citado pelo jornal Savana.
Segundo o Departamento de Estado norte-americano, o sistema de posse total da terra pelo Estado, os baixos níveis de educação e a contínua presença de insurgentes ligados ao Estado Islâmico na província de Cabo Delgado, são também outros factores que dificultam a realização de investimentos no país.
Com uma longa orla marítima, portos de águas profundas, capacidade de produção agrícola durante todo o ano, belos destinos turísticos e vastos recursos naturais, o Departamento de Estado considera que Moçambique possui um enorme potencial para o investimento, mas que estes factores permanecem o maior obstáculo para que o país atraia investimentos em quantidade suficiente para ajudá-lo a sair da pobreza.
Na mesma publicação, o documento assinala que a legislação laboral moçambicana torna ainda difícil a contratação e despedimento de trabalhadores. “A força de trabalho local não possui os conhecimentos técnicos que a indústria procura, e preferências da legislação laboral a favor de trabalhadores locais tornam difícil a contratação de trabalhadores estrangeiros”, diz o documento, notando, contudo, que nos últimos anos o Governo tem vindo a aprovar reformas com vista ao melhoramento do ambiente de negócios, “com algum notável sucesso nas reformas fiscais e liberalização de vistos”.
Entretanto, apesar de no ano passado a Assembleia da República ter aprovado uma nova lei de investimentos, substituindo a de 1993, a avaliação do Governo dos Estados dos Unidos de América (EUA) entende que a mesma carece ainda de regulamentação, o que impossibilita a implementação de certos aspectos que contribuiriam para facilitar o ambiente de investimentos.
(Foto DR)
Deixe uma resposta