Governo dos Estados Unidos aprovou 54 milhões de dólares de ajuda humanitária suplementar à Ucrânia.
“É com o bem-estar dos ucranianos comuns no espírito que anunciamos a provisão de perto de 54 milhões de dólares de ajuda humanitária aos afectados pela nova invasão russa”, anunciou em comunicado o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken.
Washington é um dos mais importantes doadores de ajuda humanitária à Ucrânia, com “perto de 405 milhões de dólares para as comunidades vulneráveis desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há oito anos”, escreveu, numa referência à anexação da península ucraniana da Crimeia por Moscovo em 2014.
“Esta última parcela da ajuda humanitária vai ser disponibilizada através das organizações humanitárias independentes que entregarão uma ajuda baseada nas necessidades, com imparcialidade, humanidade, neutralidade e independência”, afirmou o Secretário de Estado, citado pela Lusa.
A ajuda incluirá “alimentação, água potável, abrigos, cuidados de urgência, luta contra o frio e protecção”, acrescentou.
O chefe da diplomacia americana saudou, igualmente, “a hospitalidade dos países vizinhos” no acolhimento dos ucranianos que estão a fugir do conflito, e apelou à comunidade internacional para responder “às necessidades dos que procuram proteção, em conformidade com o princípio de ‘não-devolução’ e com as obrigações compartilhadas no âmbito do direito internacional”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.