Estudo revela que mortalidade infantil em Moçambique caiu para 39 óbitos por mil nascimentos

Estudo revela que mortalidade infantil em Moçambique caiu para 39 óbitos por mil nascimentos

Os indicadores de mortalidade infantil em Moçambique voltaram a cair ao registar uma taxa de 39 óbitos de bebés por cada mil nascidos, segundo o Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2022/2023.

Segundo o estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), apresentado ontem, em Maputo, realizado em conjunto com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde, refere que a taxa de mortalidade infantil (número de crianças que morreram antes de completar 01 ano de vida por cada mil nascidas vivas), nos últimos cinco anos, foi o mais baixo dos quatro IDS já realizados no país, tendo em conta os 135 em 1997, os 101 em 2003 e os 64 em 2011.

O trabalho de campo do quarto IDS decorreu de 27 de Julho de 2022 a 27 de Fevereiro de 2023.

De acordo com o INE, o quarto IDS realizado em Moçambique, financiado por várias organizações internacionais, conclui que 67,5% dos partos foram assistidos por um profissional de saúde e 64,5% foram feitos numa unidade de saúde, quando em 2011 foram, respectivamente, 54,3% e 54,8%.

O estudo aborda igualmente o estado nutricional do país, concluindo que das 11 províncias (incluindo a cidade de Maputo), seis estavam em situação de desnutrição crónica e duas (Niassa e Zambézia) em desnutrição aguda.

Aponta ainda que 72,5% das crianças a nível nacional estavam com anemia, contra 68,7% em 2011, enquanto que nas mulheres com idade de 15 a 49 anos essa percentagem foi de 51,8%, contra 53,9% em 2011.

O projecto IDS é financiado pela agência de cooperação internacional norte-americana USAID e fornece assistência técnica a países de baixa e média renda nas áreas de recolha e uso de dados para monitorar e avaliar programas de população, saúde e nutrição.

Segundo o INE, a informação recolhida vai permitir “conhecer o estado de saúde da população, assim como as suas características sócio-demográficas”, monitorar os progressos alcançados com alguns programas de desenvolvimento económico e social e “avaliar o impacto das políticas e programas na população”.

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