O Governo norte-americano, através do líder do Comando dos EUA para África (Africom), general Michael Langley admitiu fornecer equipamento militar não letal a Moçambique. Nesta quarta-feira, o general norte-americano disse ter ficado “impressionado” pelos resultados do combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
“Estou aqui numa campanha de aprendizagem, porque Moçambique e os seus parceiros em toda a SADC, e também com alguns dos outros parceiros africanos, tem tido muito sucesso, especialmente em Cabo Delgado. E estamos a aprender com isso, com meios muito eficazes, e estamos muito impressionados. E foi sobre isso que trataram as discussões com o Presidente”, explicou o general norte-americano, após reunir-se com o chefe de Estado, em Maputo.
De acordo com o comandante do Africom, e citado pela Lusa, o encontro com o Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, serviu para discutir o apoio norte-americano à criação de “capacidade operacional” em Moçambique no combate ao terrorismo, “principalmente” através da componente de formação, mas também no fornecimento de equipamento.
“Não vou entrar em detalhes sobre o que o Presidente pediu, mas sei que, primeiro, provavelmente, será em termos de uniformes. Portanto, ajuda não letal neste momento”, explicou Michael Langley, após a reunião com o chefe de Estado moçambicano.
O general acrescentou que o fornecimento de equipamento às Forças de Segurança e Defesa (FDS) de Moçambique dependerá das negociações que serão feitas logo após o “pedido formal” que o Governo terá de apresentar.
“Portanto, não há programação para esse fornecimento, neste momento”, reconheceu.
Insistiu na prioridade que o Governo norte-americano está a dar a um plano de “incremento da parceria” com Moçambique e para “aumentar a capacidade” local.
“Começa com treino, mas vai progredindo para o possível. O que podemos fazer é ajudar a equipar”, apontou ainda, recordando que nos últimos anos o Africom já tem desenvolvido programas de apoio às Forças Armadas de Moçambique, que terão continuidade.
A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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