A Organizacao das Nações Unidas (ONU) alertou, recentemente, para o facto de os rebeldes associados ao Estado Islâmico estarem a sofisticar as estratégias de ataquens em Moçambique.
“A situação na província de Cabo Delgado está mais instável na sequência de uma mudança no panorama da segurança”, afirmou a Equipa de Apoio Analítico e Monitorização de Sanções num relatório apresentado ao Conselho de Segurança da ONU. “Registou-se um pico de ataques cuidadosamente orquestrados”, escreve a Bloomberg que cita o documento da ONU.
O relatório da ONU refere-se aos rebeldes como Ahl al-Sunna wal-Jama’a, um nome antigo para o grupo que agora reivindica ataques sob a bandeira do Estado Islâmico em Moçambique, e diz que aumentou as operações na primeira metade de 2024, coincidindo com a retirada da Missão Militar da SADC (SAMIM).
Segundo a publicação, o Estado Islâmico em Moçambique conta com 350 efectivos, que se organizaram em três grupos principais de dimensão aproximadamente igual. E nota que, em Janeiro, a ONU estimava que eram 200.
“A ASWJ procurou mais uma vez alargar o teatro do conflito”, sobrecarregando as forças moçambicanas e as dos seus aliados, e as suas tácticas “são mais sofisticadas, calculadas e bem executadas”, diz o relatório.
O relatório aponta o ataque de 10 de Maio à cidade de Macomia, que, segundo a empresa de gestão de riscos Focus Group, demonstrou a capacidade sustentada dos insurrectos para levar a cabo ataques em grande escala. Ocuparam a cidade durante mais de 24 horas, antes de saírem a 12 de Maio com bens saqueados e viaturas roubadas, disse a Focus num relatório do mês passado.
Isto contraria uma declaração do Governo moçambicano na altura, que disse que as suas tropas repeliram o ataque após 45 minutos de combate. (Fonte: Bloomberg)
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