Eni Mantém Planos de Perfuração em Angoche

A petrolífera italiana Eni continua com a previsão de abertura, ainda este ano, de pelo menos um furo de pesquisa de petróleo ou gás natural na Área A5-A, concessionada no âmbito do 5o concurso lançado pelo Governo moçambicano.

Fonte do Instituto Nacional de Petróleos (INP) garantiu que no quadro do programa acordado com o Governo, a execução do primeiro furo está prevista para o último trimestre do ano ou inícios do próximo.

A firma referiu que, não obstante os efeitos adversos do Covid-19, ainda não comunicou ao Governo qualquer intenção de alterar o programa. Aliás, de acordo com o “Notícias”  a Eni tem neste momento uma plataforma de pesquisa que se encontra a trabalhar no quadro do projecto Coral Sul.

A plataforma, segundo os planos iniciais da Eni, deverá permanecer em Moçambique até Dezembro.

Refira-se que no âmbito da implementação da Estratégia para a Concessão de Áreas de Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos, o INP lançou a 23 de Outubro de 2014 o 5º concurso para a concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos.

No concurso foram colocadas à disposição dos concorrentes 11 Áreas no mar (nas Bacias de Rovuma, Angoche, Moçambique “Delta do Zambeze”), e quatro em terra (na Bacia de Moçambique “áreas de Pande/Temane e Palmeiras”), cobrindo, ao todo, 74,259 quilómetros quadrados.

No quadro das propostas recebidas foram consideradas como vencedoras das Áreas a Eni Mozambico S.p.A, para a Área A5-A, localizada na Bacia de Angoche; a ExxonMobil E&P Mozambique Offshore Ltd, para a Área A 5-B, localizada na Bacia de Angoche e as Áreas Z5-C e Z5-D, localizadas na Bacia do Zambeze; a Sasol Petroleum Mozambique Exploration Ltd, para a Área PT5-C em Pande e Temane; e a Delonex Energy Ltd, para a Área P5-A, na Palmeira, distrito da Manhiça, província de Maputo, tendo esta última manifestado mais tarde a desistência do concurso.

Após anos de negociações visando o melhoramento de alguns aspectos legislativos, sobretudo do sector do petróleo, o Governo e as concessionárias assinaram em 2018 os respectivos contratos de concessão com um período de pesquisa válido por cerca de oito anos subdivididos em três sub-períodos de pesquisa.

Estimativas iniciais apontavam que a assinatura destes contratos poderá levar a investimentos que ascendem a aproximadamente 700 milhões de dólares norte-americanos.

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