O Banco Mundial pretende emitir, este ano, até mil milhões de dólares numa primeira emissão híbrida nos mercados de capitais, num contexto em que os bancos comerciais procuram aumentar os seus empréstimos.
A tentativa de explorar novas formas de financiamento prende-se à necessidade de apoiar as economias em desenvolvimento, avança a Reuters.
O Banco Mundial seria apenas o segundo mutuante multilateral a emitir um instrumento deste tipo, depois de o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) ter colocado à venda, em Janeiro, o seu título de capital híbrido – o primeiro financiamento deste tipo concedido por um mutuante multilateral.
Quando o BAD vendeu este instrumento de capital próprio subordinado e semelhante a uma dívida, afirmou que esperava estabelecer este tipo de financiamento como uma nova classe de activos.
“Estamos a trabalhar no sentido de uma potencial transação-piloto ainda este ano”, afirmou George Richardson, diretor do departamento de mercados de capitais e investimentos do Tesouro do Banco Mundial.
Relativamente às classificações que seriam atribuídas ao novo instrumento, Richardson afirmou que o Banco Mundial estava convencido de que o capital híbrido emitido pelos bancos multilaterais de desenvolvimento seria um crédito melhor, em relação às obrigações sénior sem garantia, do que o actualmente refletido nas metodologias das agências de notação.
“Estas afirmam que o capital híbrido será classificado entre 3 e 5 níveis abaixo das classificações principais”, disse ele, acrescentando que a Fitch estava a passar por uma mudança de metodologia e que ainda não se sabia que mudanças a agência de classificação faria em relação ao capital híbrido.
A Moody’s atribuiu uma notação AA3 à emissão do BAD, três níveis abaixo das obrigações do banco com notação AAA. A emissão híbrida do BAD foi negociada a 97,6 cêntimos por dólar na terça-feira, de acordo com os dados da LSEG, abaixo da sua estreia de pouco mais de 100 cêntimos por dólar no início de Fevereiro.
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