Uma análise da Oxfam revela que Moçambique é um dos países com alto índice de desequilíbrio de renda por conta dos empréstimos ou subsídios do Fundo Monetário Internacional (FMI) e/ou do Banco Mundial (BM).
A Oxfam tomou como base para o estudo o coeficiente de Gini acima de 0,4, nível considerado alarmante pelas Nações Unidas.
No trabalho, foram identificados 39 países com elevado índice de desequilíbrio de renda, entre eles Moçambique, Gana e Honduras. O documento aponta, pelas mesmas causas, 37 países onde houve aumento da desigualdade na última década, entre os quais Burkina Faso, Burundi, Etiópia e Zâmbia.
Citado pela CNN Brasil, a Directora da Oxfam International em Washington, nos Estados Unidos, Kate Donald, disse que o FMI e o BM promovem políticas que aumentam as desigualdades entre ricos e pobres, apesar de dizerem que combater as desigualdades é uma prioridade.
O Estudo foi apresentado esta semana durante os encontros anuais de primavera co-organizado entre as duas instituições financeiras, onde foram debatidos temas como economia e desenvolvimento global.
O levantamento da Oxfam aponta que houve uma estagnação das contribuições dos doadores para Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês) do Banco Mundial, que fornece empréstimos com juros subsidiados para os países mais pobres do mundo – mais da metade deles, na África.
Os países mais pobres enfrentam um alto grau de déficit fiscal, dívidas crescentes e pagamentos de juros. Esses factores acabam desviando recursos que deveriam ir para áreas importantes como educação, saúde e segurança social.
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