Um estudo da Riscura, uma empresa de análise e monitoria de mercado, revelou que 13 das 15 empresas cotadas em bolsa – fora da África do Sul – tiveram lucros que superaram as suas expectativas durante o primeiro semestre de 2021.
O melhor desempenho foi alcançado pela Coronation Africa Frontier que gerou uma rentabilidade de 29,1%.
Allan Gray Africa ex South Africa Fund, empresa monitorada pela Riscura, obteve o melhor retorno de investimentos com ganhos de 33% no período analisado, acima dos 11,6% do Standard Bank.
Os analistas da Allan Gray Africa admitem que o seu sucesso deriva do entendimento segundo o qual África não é tão sombria para investimentos como a opinião pública tende a mostrar e os seus gestores tomam como exemplo, o sector bancário nigeriano, onde o Fundo está presente.
“O Zenith Bank, na Nigéria, por exemplo, viu na última década os seus lucros crescerem 9% ao ano em dólares americanos, com um retorno sobre o património líquido médio de 20%”, apesar da Nigéria estar a ser sancionada pelos investidores por considerações macroeconómicas.
O país está a enfrentar uma crise monetária e isso dificulta o repatriamento de lucros e não estimula o investimento, apesar dos baixos preços por acção na Bolsa de Valores de Lagos, e do forte desempenho em Naira (moeda da Nigéria) para as empresas nela listadas.
Por outro lado, desde o início do ano a Bolsa de Valores do Zimbabué subiu 152% e o Índice Gana All Share ganhou 44%, e isto, apesar dos mercados africanos sofrerem de falta de liquidez.