Empresários consideram barreiras tarifárias um obstáculo à integração regional

O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a maior agremiação empresarial do país, Agostinho Vuma, apontou esta terça-feira as barreiras tarifárias e não tarifárias como travão à integração económica da África Austral.

Agostinho Vuma falava durante a cerimónia de abertura de um fórum de negócios da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que se realiza desde ontem em Maputo.

“São patentes os desafios à integração regional, no âmbito da SADC, como a prevalência de barreiras tarifárias e não tarifárias”, declarou o responsável.

A baixa capacidade de produção e taxas de juro proibitivas impostas pelos bancos fragilizam o poder de o tecido empresarial da SADC de assumir um papel mais efetivo no desenvolvimento económico dos países e na integração regional, acrescentou.

Nesse sentido, prosseguiu, são necessárias reformas conducentes ao fortalecimento das empresas da África Austral visando uma rápida integração das economias da região rumo a uma futura zona de comércio livre.

O presidente da CTA defendeu a necessidade de um papel cada vez mais crescente das empresas da África Austral em sectores estratégicos da economia atualmente assumidos por multinacionais.

“Como nossa visão, apostamos no desenvolvimento de um papel mais activo na prospeção e exploração de recursos de cada país pelas empresas nacionais nas áreas em que têm atuado as multinacionais”, defendeu Agostinho Vuma.

O fórum de negócios da SADC, que arrancou esta terça-feira, vai debater o impacto socioeconómico do covid-19 e estratégias de recuperação pós-pandemia, infraestruturas e desenvolvimento de corredores regionais.

A industrialização focada na melhoria da balança comercial no seio dos países da região, papel dos sectores de energia, recursos minerais e participação do empresariado nacional nos megaprojectos serão também tópicos da conferência.

O fórum antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo da SADC, que se realiza na quarta-feira em Maputo, para debater uma resposta e apoio no combate ao terrorismo no norte do país.

Integram a organização 16 estados, nomeadamente: Moçambique, Angola, África do Sul, Botsuana, Zimbabué, Essuatíni, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Maurícias, Namíbia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Comores.

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