Eleições Gerais: Em Carta Aberta, Adriano Nuvunga critica interferência de Cyril Ramaphosa

Eleições Gerais: Em Carta Aberta, Adriano Nuvunga critica interferência de Cyril Ramaphosa

O Secretário Geral e candidato presidencial do partido Frelimo, Daniel Chapo, interrompeu, nesta semana, o seu trabalho de caça ao voto na província de Nampula, para se dirigir à África do Sul.

Chapo esteve reunido com o Presidente da República, Cyril Ramaphosa, no dia 17 de Setembro. Verónica Macamo, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, acompanhou o candidato à Presidente de Moçambique

O Director Geral do Centro para Democracia e Direitos Humanos entende que o uso das relações de Estado entre África do Sul e Moçambique, para servir interesses do partido Frelimo em pleno período eleitoral, configura abuso de poder por parte de Ramphosa e que isso interfere directamente no processo eleitoral em Moçambique.

“É com grande indignação que condenamos, de forma veemente, a interferência inaceitável do Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, ao manifestar, publicamente, o seu apoio ao candidato presidencial do partido Frelimo, Daniel Chapo, em plena campanha eleitoral para as eleições de Moçambique, agendadas para o próximo dia 09 de Outubro”, criticou Adriano Nuvunga.

Para o activista social, este contacto de interesses coloca em causa a legitimidade das eleições em Moçambique comprometendo o espírito de cooperação e neutralidade que deveria ser predominante nas relações bilaterais regionais.

Nuvunga referiu que, a tomada de partido por parte de Ramaphosa desrespeita as normas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que promovem a imparcialidade e a não interferência nos processos eleitorais dos Estados-Membros.

“É inaceitável que um líder de um país vizinho utilize sua posição para influenciar os resultados eleitorais de uma nação soberana. Tal atitude compromete a confianças nas instituições democráticas e cria um precedente perigoso para a democracia em toda a SADC”, refere.

Neste sentido, apela a SADC e a União Africana e se posicionarem sobre esta questão.

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