Eleições em Moçambique: Edson Cortez avisa Portugal, UE e EUA que “estão a manter gangsters no Governo”

Eleições em Moçambique: Edson Cortez avisa Portugal, UE e EUA que “estão a manter gangsters no Governo”

O director do Centro de Integridade Pública (CIP), Edson Cortez, afirma que “há um conjunto de pagadores de impostos nesses países parceiros, União Europeia, Portugal e Estados Unidos, que pagam impostos para enriquecer uma elite corrupta e não podem esperar que um indivíduo que chega ao poder não o merecendo, por via da fraude, depois seja um homem íntegro e dar-se ao luxo de prestar contas aos cidadãos”.

“Antes de fazer políticas públicas para o desenvolvimento de Moçambique vai fazer políticas para enriquecer esse grupo. Quando se apoia bandidos, não se pode esperar que actuem como o Papa. ‘Não nos façam de imbecis’. Líder de ONG moçambicana avisa Portugal, UE e EUA: ‘Meteram gangsters no Governo, não esperem que sejam o Papa”, atirou Edson Cortez, numa entrevista ao jornal português Observador.

O director do CIP é particularmente crítico em relação ao Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e ao ministro das Forças Armadas. Paulo Rangel, que fazem declarações que confirmam o regime da Frelimo como se fosse democrático. “É uma aberração pessoas que se dizem democratas e defensores dos direitos humanos acharem normal que em Moçambique morram mais de 200 pessoas, assassinados pela polícia, por se manifestarem contra os resultados das eleições e parabenizarem Daniel Chapo pela vitória”.

Segundo Cortez, “todas as eleições desde 1999 foram roubadas, mas as duas últimas foram as piores”, por isso, ninguém sabe sequer quais foram os totais de votos em 2023 e 2024. “Tal como na Venezuela, os resultados detalhados nunca foram publicados. Mas para a UE, os EUA e Portugal é mau na Venezuela, mas está tudo bem em Moçambique”, assinala.

Não obstante, a fonte considera que a Frelimo não precisa de eleitores para se manter no poder. Também não precisa de fazer políticas públicas para conquistar o eleitorado. Em vez disso, precisa de políticas para servir os seus próprios interesses e os dos doadores, argumenta Cortez. “Os contribuintes destes países deviam ser avisados de que o dinheiro deles que vem para Moçambique vai ser usado por gangsters que não ganharam eleições.”

“Se todos esses países vão homologar e ratificar um Governo e um Presidente que não ganhou eleições e fez mafia para chegar ao poder, não esperem que depois ele se comporte com transparência e integridade”.

 

(Foto DR)

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