O partido Renamo exigiu nesta terça-feira, a anulação e auditoria dos dados do recenseamento eleitoral realizado em todas as 65 cidades e vilas autárquicas tendo em vista as sextas eleições de 11 de Outubro.
Segundo o seu porta-voz, José Manteigas, falando ontem, em conferência de Imprensa, o processo foi caracterizado por diversas irregularidades, entre as quais o registo de eleitores residentes fora do território autárquico.
Segundo ele, a título de exemplo houve anomalias nas províncias de Sofala, Zambézia, Nampula, Niassa, onde os cidadãos não foram recenseados alegadamente porque os brigadistas não cumpriram a orientação sobre o período que deviam observar nos dois últimos dias.
“Convocamos desde já todos os moçambicanos para que se juntem à nossa luta e voz, agindo energicamente contra esta tentativa de matar a democracia e perpetuar a ditadura, porque aceitar este recenseamento eleitoral será aceitar a fraude eleitoral e hipotecar o nosso futuro”, acrescentou Manteigas.
O porta-voz acusou directamente a Frelimo, partido no poder, de promover registos ilegais e bloquear o acesso ao cartão de eleitor a numerosas pessoas que faziam filas nos postos em zonas tradicionalmente favoráveis à oposição.
“Infelizmente, a Frelimo comportou-se, como sempre, contra todos os princípios da democracia e da convivência política pacífica”, resumiu, acusando alguns directores do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), brigadistas e agentes da polícia de cumplicidade.
Acrescentou que na maioria dos postos das províncias referidas acima houve cortes constantes de energia para além de que alguns cidadãos tiveram que desembolsar dinheiro para o seu registo, sem contudo, receber os devidos cartões de recenseamento.
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