A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve ontem, ainda no decorrer do processo de votação, um suposto agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) na posse de boletins já preenchidos na Escola Comunitária 01 de Janeiro, na cidade de Nampula.

De acordo com os observadores que se encontravam naquele ponto a averiguar o escrutínio, os boletins já preenchidos visavam beneficiar o partido no poder, a Frelimo, mas o referido agente da UIR não conseguiu lograr os seus intentos, sendo que o mesmo esteve perto de ser linchado e foi salvo pelos agentes da PRM que estavam na Escola Comunitária 01 de Janeiro.

Entretanto, o suposto agente daquela unidade da Polícia da República Moçambique foi levado por uma mini-bus por agentes da Polícia de Protecção para evitar males maiores, mas, o Comando Provincial da PRM em Nampula disse não ter informações sobre o agente que escapou da fúria popular.

Para além do suposto agente da Unidade da Intervenção Rápida, a Polícia da República neutralizou mais dois pessoas indiciadas de ilícitos eleitorais na Cidade de Nampula.  Trata-se de dois delegados da Renamo. Um foi detido na posse de dois cartões de eleitor e outro invadiu a cabine de votação alegando que um eleitor estava a demorar a exercer o seu direito de voto.

Em Quelimane também houve um caso

A polícia protegeu um membro da Frelimo flagrada com boletins de voto já preenchidos. Aconteceu na Assembleia de voto que estava a funcionar na Escola Primária Completa de Sinacura, na cidade de Quelimane.

Segundo o jornal Canal de Moçambique, uma cidadã identificada pelo nome Telma Taula, docente da Universidade Católica foi flagrada com quantidade ainda não apurada de boletins de voto.

Contudo, quando ia ser questionada pelos fiscais e populares, a polícia imediatamente apareceu e escoltou a acusada para a sua viatura e abandonou o local da votação.