É da época do espírito do “deixa andar”, e parece que esteve metido em esquemas

É da época do espírito do “deixa andar”, e parece que esteve metido em esquemas

O Presidente da República, Filipe Nyusi, exonerou, na segunda-feira (29), Arsénia Massingue do cargo de Ministra do Interior, e em despacho presidencial separado nomeou Pascoal Ronda, para o cargo.

O afastamento de Massingue ocorre numa época de desilusão para a Polícia da República de Moçambique (PR) que, além de lidar com alguma falta de afabilidade por parte a ex-Ministra, viu-se entalada num cenário incerto de salários em atraso, por conta da implementação da Tabela Salarial Única.

Pouco se sabe publicamente sobre a “ficha técnica” de Massingue, além da frequência de estudos policiais no exterior e ter servido como Directora Geral do Serviço Nacional de Migração.

Na mesma linha, parece não haver rastos sobejamente conhecidos do novo líder da casa ministerial, Pascoal Ronda. Sabe-se, entretanto, que pertence à escola de generais nomeados por “excelência ou experiência” e não por níveis de escolaridade.

Ele foi Comandante-Geral da PRM, no Governo de Joaquim Chissano, antigo Presidente da República, que o exonerou em 2001.

Uma publicação do blog Oficina de Sociologia, de 03 de Outubro de 2001 – que cita o Savana – o coloca numa lista de individualidades que criaram a empresa Chicamba Investimentos, com a finalidade de drenar dinheiro para o Ministério do Interior.

A par do novo Ministro do Interior estão outros generais, o antigo Comandante-geral da PRM, Jorge Khalau e Miguel dos Santos. Na estrutura accionista da empresa estavam igualmente Ernesto Augusto, na época (Governo de Armando Guebuza) vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, o falecido Albino Guidone, Rosálio Fidellis (que na época era o único detido do grupo), Eduardo Mussanhane, Armando Correia, João de Brito Cunha e José Domingos.

Conforme a publicação, a Chicamba Investimentos é uma réplica fiel da Monte Binga, uma empresa criada no Ministério da Defesa em 1996.

“Só que no Ministério da Defesa a Monte Binga transformou-se em sociedade anónima devido às divergências entre os altos oficiais accionistas e não accionistas”, lê-se.

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