Dugongo investe 800M USD para contruir mais quatro fábricas

A empresa chinesa WIH anunciou, esta quinta-feira, em Maputo, que vai implantar mais quatro fábricas em Moçambique, orçadas em mais de 800 milhões de dólares norte-americanos.

O acordo assinado entre os representantes da empresa e o Ministério da Indústria e Comércio, enquadra-se âmbito do Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI).

“Este grupo pretende dar continuidade dos seus investimentos em Moçambique, atento também à geração de novos empregos em particular para jovens e mulheres. Acima de tudo, pretende [levar] as indústrias onde a matéria-prima está localizada” disse Carlos Mesquita.

O Ministro da Indústria e Comércio revelou que os técnicos da empresa já avaliaram as condições para implantar as fábricas em Tete e Nampula.

A WIH –accionista maioritária da Moçambique Dugongo Cimentos, SA – pretende construir mais uma fábrica de cimento e clínquer, com capacidade para produzir cerca de cinco mil toneladas de clínquer integrado; uma indústria de geração de energia térmica, contendo dois geradores de 50 megawatts cada um; uma de videira com capacidade para produzir 600 toneladas de vidro float por ano; e uma fábrica de vidro artesanal.

O representante da WIH, Zhang Jimin, disse esperar o mesmo apoio que teve em 2021 durante a implantação da fábrica no distrito de Matutuine, província de Maputo.

A unidade fabril de Matutuine custou à WIH cerca de 330 milhões de dólares, e tem uma produção estimada em 1800 toneladas de cimento por ano.

Na época o Carlos Mesquita destacou que se trata de “uma fábrica amiga do ambiente, com níveis de poluição praticamente zero. Está dotada de um sistema de recolha e tratamento de poeira, que permite a sua reutilização no processo de produção”.

A fábrica de Matutuine contempla a utilização do carvão mineral, para alimentar a central eléctrica, que vai fornecer energia eléctrica à fábrica.

“É um produto que Moçambique tem. Agora estão a importar da África do Sul para a fase experimental. Entretanto, decorrem démarches, com vista à aquisição do carvão produzido em Moatize, na província de Tete”, disse o Ministro Indústria e Comércio, em 2020.

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