Dívidas Ocultas: Ex-banqueiro do Credit Suisse evita prisão após cooperar nas investigações

Dívidas Ocultas: Ex-banqueiro do Credit Suisse evita prisão após cooperar nas investigações

Um antigo banqueiro do Credit Suisse, Surjan Singh, envolvido no maior escândalo de corrupção até então conhecido em Moçambique, conseguiu evitar a sua prisão, na quarta-feira, após cooperar com a justiça em dois julgamentos, em Brooklyn, Nova Iorque, nos Estado Unidos da América (EUA).

Singh é acusado de ter recebido subornos de 5,9 milhões de dólares no esquema de fraude e branqueamento de capitais que lesou o Estado moçambicano em mais de 2,7 mil milhões de dólares. O caso ficou conhecido no país como Dívida Ocultas, e envolveu pessoas ligadas ao Serviço de Informações e Segurança do Estado.

O ex-banqueiro do Credit Suisse podia ter sido condenado a uma pena entre três anos e oito meses e quatro anos e oito meses, mas o Juiz Distrital dos EUA, Nicholas Garaufis, citou a sua ajuda à investigação governamental como motivo para não impor uma pena de prisão, avança a Bloomberg.

“Vi em primeira-mão o testemunho do Sr. Singh”, afirmou o juiz. “Considero que ele foi franco, directo, sensato e ponderado”.

Singh foi o último de três antigos banqueiros do Credit Suisse que se declararam culpados de receber milhões de dólares em subornos.

Andrew Pearse, que era o chefe de Singh e foi a testemunha principal do governo em ambos os julgamentos, também evitou a prisão. Uma terceira banqueira, Detelina Subeva, declarou-se culpada mas não testemunhou.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.