A defesa de Manuel Chang apresentou, na segunda-feira (05), as alegações finais no julgamento que decorre no Tribunal de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA).
De acordo com o Centro de Integridade Pública (CIP), que acompanha o julgamento de perto, a defesa nega que Chang tenha recebido sete milhões de dólares de subornos. Mas, por outro lado, reconhece que o antigo Ministro das Finanças assinou as garantias soberanas para viabilizar as dívidas da ProIndicos (622 milhões de dólares) e da EMATUM (850 milhões de dólares).
A defesa de Chang alega que o seu cliente somente assinou as garantias soberanas em cumprimento de ordem de Armando Emílio Guebuza, que era Presidente da República, quando Chang ainda era Ministro das Finanças, refere o CIP.
“Criticou a acusação por colocar Chang no topo da decisão de assinatura de garantias, ignorando que este estava a cumprir missão. Mostrou duas cartas de Chang a pedir para assinar as garantias. A primeira emitida pelo então Ministro da Defesa, Filipe Nyusi, e a segunda emitida por Gregório Leão, Girector do Serviço de Informações e Segurança do Estado na altura do factos”, lê-se.
Estes argumentos, incluindo o de não serem credíveis as declarações, em tribunal, do antigo bancário do Credit Suisse, Andrew Pearse, por estarem enviesadas de contradições, levaram a defesa a pedir ao júri a declaração de não culpado de Manuel Chang.
Ainda não há previsões para a apresentação das decisões do júri, constituído por nove homens e quatro mulheres.
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