Os arguidos do caso das Dívidas Ocultas ouvidos esta terça-feira, na primeira sessão do contraditório do requerimento do arresto preventivo de bens, rejeitaram o pedido do pelo Ministério Público (MP) para o arresto preventivo do património, o qual se alega ter sido adquirido com o dinheiro dos empréstimos ilegais.
Trata-se de António Carlos do Rosário, antigo Director da Inteligência Económica do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), serviços secretos moçambicanos, Ângela Leão, mulher do antigo Director-geral do SISE e também arguido Gregório Leão, e Inês Moiane, antiga secretária particular do ex-Presidente da República Armando Guebuza.
António Carlos do Rosário alega que alguns dos imóveis arrolados pela acusação não lhe pertencem e outros foram adquiridos antes da contracção das dívidas.
Ângela Leão negou deter activos numa sociedade em que o marido é accionista e também afirmou que um dos apartamentos visados no pedido de arresto foi comprado antes das dívidas ocultas.
Por seu turno, Inês Moiane contestou o pedido do MP, justificando que o património objecto de pedido de arresto não é pessoal, mas sim da família.
Inês declarou que mesmo os bens registados em seu nome estão nessa situação por opção da família.
O debate do contraditório do pedido de arresto preventivo prossegue na quarta-feira com a audição de mais três arguidos.