Dívidas da LAM deixam passageiros retidos em Lisboa

Dívidas da LAM deixam passageiros retidos em Lisboa

A presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, e a selecção nacional de futebol, os Mambas, ficaram retidos em Lisboa, na passada quarta-feira, devido a dívidas contraídas pela empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) à companhia portuguesa Euro-Atlantic Airways (EAA).

De acordo com o jornal Savana, edição desta semana, a LAM teve de encontrar de uma só vez quase três milhões de meticais para providenciar um transporte alternativo para trazê-los de volta a Maputo.

No entanto, a LAM deu prioridade a estes VIP,s, mas deixou no aeroporto de Lisboa outros 104 passageiros, com reservas no voo da LAM de quinta-feira de Lisboa para Maputo.

Apesar do acordo com a companhia sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que supostamente salvaria a LAM da falência, as dívidas da LAM aos seus fornecedores e parceiros continuaram a aumentar.

Segundo a mesma publicação, ontem, quinta-feira, a EAA suspendeu a utilização do seu avião pela LAM, alegando que o avião estava agora emprestado a outra empresa. Contudo, uma comunicação interna da LAM obtida pelo Savana, a companhia aérea alegou que o pagamento tinha sido atrasado devido a problemas bancários, mas que o montante estava agora na conta da EAA.

Apesar da reclamação da LAM, a EAA enviou o seu ultimato exigindo o pagamento integral até 19 de Junho. Assim, o voo de regresso de quinta-feira de Lisboa para Maputo foi efectivamente cancelado, deixando centenas de passageiros retidos em Lisboa.

Assim, Esperança Bias e a sua equipa, num total de sete pessoas, que viajavam de Cuba para Maputo, a LAM pagou 2,1 milhões de meticais, através de uma reputada agência de viagens moçambicana, a Cotur, para os enviar para Maputo, via Joanesburgo, na Emirates Airways, em classe executiva.

Os Mambas, que tinham viajado para Casablanca, tiveram uma viagem mais complicada, voando para Maputo via Luanda e Joanesburgo. A LAM teve de pagar por 21 pessoas da equipa dos Mambas, o que custou 1,2 milhões de meticais.

Entretanto, os outros 104 passageiros tiveram de esperar até hoje, sexta-feira, altura em que a EAA, após negociações, cedeu e permitiu a utilização do seu avião.

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