A Igreja Internacional Pentecostal Holiness Church (IPHC) vive momentos turbulentos devido à disputa de liderança que emergiu depois da morte do fundador desta congregação religiosa, Frederic Mudise, em 1998.
A situação levou ainda à divisão dos fiéis, tanto em Moçambique como na África do Sul, principalmente com a batalha pelo dinheiro e património. É assim que tem surgido novas seitas que partilham costumes, mas nunca o espaço.
Uma publicação do jornal Notícias explica que quando Frederic Mudise morreu foi substituído por um dos filhos, Cleyton Mudise. Em 2016 quis o destino que este também saísse do mundo dos vivos, agravando a tensão já vivida e que ameaça arruinar a reputação da igreja.
Após a morte de Cleiton Mudise, foi escolhido Michael Sandlana como líder e, desde então, a congregação está no centro da disputa pelos filhos do fundador, que reclamam legitimidade do trono.
Diante da falta de consenso, cada um deles tomou uma catedral e controla sub-zonas. É como se existissem pequenas seitas dentro da mesma congregação. Apesar de continuarem a envergar vestes e gravatas similares, usarem símbolos iguais e entoarem as mesmas canções, não partilham os mesmos ideais.
Contudo, o porta-voz da IPHC, Lino Hama, disse que nos últimos dias, circulavam nas redes sociais, informações tendenciosas e distorcidas, que concorrem para confundir a legítima liderança, daí que convocaram a imprensa ontem para esclarecer e assumir que o líder escolhido é Sandlana.
“A maior parte dos crentes no País, nomeadamente das paróquias de Ferroviário, Manhiça, Magude, Matola “H”, São Damaso, Zimpeto e Marracuene estão com Michael Sandlana, enquanto os seguidores de Tsepo estão na Zona Verde”, disse.
A fonte acrescentou que a igreja, enquanto Reino de Deus, não é propriedade da família ou clã, mas sim de Deus. Ainda assim, exortou à comunidade a não se deixar manipular com subversões de um indivíduo ou grupo destes, auto-intitulados donos da entidade.
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