Direcção da LAM nega haver esquemas de corrupção, incluindo pagamentos ilegais via POS

A direcção da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) nega as acusações de desvio de fundos, incluindo pagamentos ilegais via POS – instalados nos Postos de Venda – para as contas pessoais de membros da direcção da companhia aérea.

Em uma carta assinada pelo director-geral da LAM, João Pó Jorge, dirigida ao ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a direcção da LAM diz que distancia-se dos pronunciamentos feitos pela nova gestora, Fly Modern Ark (FMA) empresa sul africana especializada em leasing de aeronaves e responsável pela rentabilização da companhia aérea moçambicana.

Além do ministro, a carta citada pela AIM, foi enviada igualmente para a Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão e Participação de Empresas (IGEPE), Ana Coanai, incluindo o presidente do Conselho Fiscal.

As acusações de FMA foram proferidas segunda-feira (12) em conferência de imprensa,  proferidas pelo gestor do Projecto de Reestruturação da LAM, Sérgio Matos.

Na altura, Matos apontou uma série de desmandos detectados pela FMA, incluindo desvio de combustível que causou prejuízos para a LAM de cerca de 3,2 milhões de dólares, apenas em Dezembro último.

Sobre os POS, a FMA afirma ter feito uma operação relâmpago em 20 pontos de venda de bilhetes da LAM, onde recolheu 81 POS, tendo ficado surpreendido quando detectou dois POS que, aparentemente, ninguém conseguia explicar a sua proveniência.

“Reiteramos que esta informação não foi previamente partilhada com a direcção-geral da LAM, tendo esta sido colhida de surpresa quando a informação foi veiculada pelos órgãos de informação”, lê-se na carta, manifestando preocupação pelo impacto dos pronunciamentos na reputação da empresa, dos trabalhadores, incluindo nas auditorias de recertificação e dos grandes clientes a realizarem-se ainda no ano corrente.

A direcção diz ainda que a gestão da tesouraria da LAM está sob responsabilidade exclusiva da FMA, e por todos os pagamentos efectuados pela empresa.

“Informamos que a LAM pauta sempre pelo princípio da legalidade observando escrupulosamente o princípio da presunção de inocência, de modo a garantir a sua segurança jurídica em todos os actos que pratica”, afirma a fonte.

A direcção máxima da LAM afirma que está disposta a quaisquer esclarecimentos que o ministro necessite.

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