Os países do BRICS estão a tentar deixar de lado o dólar americano, lançando uma nova moeda para liquidar o comércio internacional. Este desenvolvimento desafia a supremacia do dólar e pode destroná-lo do estatuto de reserva mundial. Esta iniciativa está a inspirar outros países orientais em desenvolvimento a abandonar o dólar e a promover as suas moedas nacionais para o comércio global. Se a dinâmica continuar, muitas outras nações orientais poderão juntar-se e acabar completamente com a dependência do dólar americano.
Os líderes de 10 países do Sudeste Asiático e os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) concordaram em promover as suas moedas nacionais nas transacções transfronteiriças. Os 10 países vão reduzir a liquidação de pagamentos com o dólar americano e usar as suas moedas locais para as transacções.
O grupo de nações pretende “encorajar a utilização das moedas locais nas transacções económicas e financeiras”. Os 10 países que decidiram abandonar o dólar americano são o Brunei, o Camboja, a Indonésia, o laos, a Malásia, Myanmar, as Filipinas, Singapura, a Tailândia e o Vietname.
A medida vai ajudar estes países a acabar com a sua dependência do dólar americano e a reforçar significativamente as suas moedas nacionais. A declaração aceite pelos países da ASEAN afirma que o seu objectivo é reforçar as actividades de pagamento bilaterais e multilaterais. O comércio em moedas locais seria mais rápido, mais barato e mais fácil de fechar negócios do que o uso do dólar americano.
“Adoptámos a Declaração dos Líderes da ASEAN sobre o avanço da conectividade regional dos pagamentos e a promoção da transacção em moeda local para fomentar acordos bilaterais e multilaterais de conectividade dos pagamentos, a fim de reforçar a integração económica, permitindo pagamentos transfronteiriços rápidos, contínuos e mais acessíveis em toda a região”, escreve a fonte consultada pelo MZNews, que cita um comunicado da ASEAN.
Em conclusão, para além dos países BRICS, também os países da ASEAN se vão afastar do dólar americano. É relatado que o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) também está a ponderar seguir na mesma direcção.
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