Desapareceram 2,5 milhões de toneladas de urânio natural na Líbia, numa região que não é controlada pelo governo do país, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), um organismo pertencente à ONU.
O supervisor atómico deu conta da sua descoberta aos Estados com assento na organização esta quarta-feira, através de um comunicado a que a Reuters teve acesso.
Os inspectores da AIEA “descobriram que desapareceram aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de urânio”, pode ler-se na nota.
Segundo a organização, havia registo de que este material estava armazenado no local.
No documento de uma página, a AIEA assegura que vai realizar as diligências necessárias para encontrar o material desaparecido e entender como é que este deixou de estar armazenado no local em questão.
Esta descoberta é fruto de uma investigação no terreno levada a cabo pelos inspectores para a energia atómica da ONU, a qual chegou a ser adiada por na altura não terem sido reunidos os requisitos de segurança.
Em 2003, a Líbia, ainda sob a liderança de Muammar Kadhafi, renunciou ao programa de armas nucleares. O país atravessa um período de turbulência política, estando à espera de eleições que substituam o governo interino que tomou posse em 2021 apoiado pela ONU. O sufrágio devia ter acontecido em Dezembro desse ano.
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