O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido com assento parlamentar, acusou ontem, terça-feira, o Governo de tentar inviabilizar o próximo ciclo eleitoral em Moçambique, criticando o défice orçamental anunciado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
“O Governo não está a levar a sério esse processo, está a pôr em causa uma organização séria e os propósitos do povo moçambicano”, disse Ismael Nhacucue, porta-voz do MDM, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Em causa está um défice de 2,2 mil milhões de meticais para a realização das eleições, uma informação avançada recentemente pela CNE.
Para o partido, o Governo pretende “inviabilizar” o processo para “não permitir que a oposição se prepare”.
“O MDM está preocupado com este assunto e todos nós devemos ficar preocupados”, frisou o porta-voz do MDM citado pela Lusa.
Moçambique começa em 2023 um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas, seguidas de gerais em 2024 (presidenciais, legislativas, provinciais e possivelmente as distritais).
Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições avançados em Junho deste ano, Moçambique precisava de um total de 18,7 mil milhões de meticais para cobrir o próximo ciclo eleitoral.
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