Daniel Chapo critica onda de protestos pós-eleitorais, mas não comenta o anúncio do regresso de Venâncio Mondlane

Daniel Chapo critica onda de protestos pós-eleitorais, mas não comenta o anúncio do regresso de Venâncio Mondlane

O candidato presidencial eleito da Frelimo, Daniel Chapo criticou a onda de manifestações pós-eleitorais que resultaram em cerca de 300 mortos e na vandalização e saque de estabelecimentos comerciais.

O Presidente eleito, de acordo com o Conselho Constitucional, não comentou o anúncio do regresso de Venâncio Mondlane ao País esta quinta-feira (09), nem disse se ele iria participar na sua cerimónia de tomada de posse.

O Presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo, da Frelimo, criticou, esta terça-feira (07), as manifestações pós-eleitorais dos últimos dois meses.

“Estas manifestações provocaram danos incalculáveis, são milhares dos nossos irmãos que perderam empregos e também no sector privado há pessoas que gastaram toda a vida a construir um determinado bem que num único dia se perdeu”, criticou o candidato proclamado vencedor das eleições presidenciais pelo Conselho Constitucional.

“Afinal de contas, estávamos a destruir bens que são nossos, portanto, as pessoas acordaram de manhã, depois de terem queimado bombas, descobriram que têm uma viatura e têm dinheiro, mas não têm combustível; que precisavam de comer, tinham dinheiro, mas não conseguiam porque a mercearia ou a banca já não existia no bairro”, acrescentou Chapo, numa publicação da RFI.

Daniel Chapo disse que os recentes encontros entre partidos com representação parlamentar visam produzir “consensos” a serem transformados em leis. Quanto à inclusão de Venâncio Mondlane no diálogo, afirmou: “Neste momento, ele não está cá, não temos como o incluir, por isso é que nós estamos a dizer que o encontro está relacionado com os partidos políticos com assento parlamentar e as suas lideranças.”

“Achamos que é extremamente importante perceber que estes encontros vão levar a consensos e estes consensos depois vão ser debatidos pela sociedade moçambicana e depois vão desaguar na Assembleia da República porque estes consensos depois têm que ser transformados em leis”, afirmou Daniel Chapo, candidato proclamado vencedor pelo Conselho Constitucional, que já fixou a sua tomada de posse para 15 de Janeiro.

Quatro partidos da oposição moçambicana (PODEMOS, MDM, Renamo e Nova Democracia) manifestaram-se abertos, após um novo encontro com o ainda Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a prosseguir um diálogo para um pacto social que conduza a reformas no país, face à tensão pós-eleitoral. Porém, nos últimos dias Venâncio Mondlane, que concorreu às presidenciais apoiado pelo PODEMOS, demarcou-se do partido até então extraparlamentar.

O presidente do partido, Albino Forquilha, defendeu a tomada de posse dos deputados do PODEMOS tendo em conta os resultados proclamados pelo Conselho Constitucional, mas Venâncio Mondlane rejeita esses resultados, considera que o número de eleitos do Podemos é muito superior e é contra essa tomada de posse.

 

(Foto DR)

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