A Confederação das Associações Económica de Moçambique – CTA manifestou, na quarta-feira (14), a preocupação da classe empresarial com a onda de raptos que enferma o país, principalmente, a capital Maputo.
“Registamos com profunda preocupação que, desde o surgimento deste fenómeno, no ano de 2011, houve um cumulativo de mais de 250 casos de raptos e sequestros, maioritariamente entre empresários e seus parentes”, disse, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma.
Só no primeiro semestre do ano, já foram raptadas cerca de 15 pessoas, sendo as maiores vítimas os empresários e seus familiares.
Falando na conferência Economic Briefing de 2024, lamentou o facto de a maioria desses casos nunca terem sido esclarecidos pelas autoridades competentes, mesmo depois de terem sido identificados alguns dos mandantes desses crimes. “Não temos ainda o registo público da detenção e condução à justiça de qualquer um dos [mandantes]”, disse.
Ele referiu que dos crimes de raptos ocorridos no primeiro semestre do ano, algumas vítimas ainda continuam em cativeiro.
Notou que uma das consequências desses crimes tem sido o abandono dos empresários de Moçambique e a exportação de capitais.
“[Isto] não se mostra como uma saída, tendo em consideração que a maioria das vítimas, apesar da sua origem asiática, são moçambicanos de gema, portanto, sem interesse de abdicar a sua nacionalidade e seus investimentos em solo pátrio”, asseverou. (Fonte: STV)
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