Crise pós eleitoral: Nyusi diz não haver motivos para os moçambicanos morrerem

Crise pós eleitoral: Nyusi diz não haver motivos para os moçambicanos morrerem

O Presidente da República, Filipe Nyusi, diz que “não há  motivo nem razão dos moçambicanos morrerem, assim como não há motivo para se destruir o país”.

Filipe Nyusi fez estas declarações ontem, durante um encontro com todos os partidos com representação na Assembleia da República e extraparlamentares, que aliás, a Frelimo não se fez presente.

Num encontro que visava a busca de soluções para a actual crise política no país, o Chefe do Estado convidou os partidos políticos para uma conversa aberta e sem cores partidárias.

“É necessário estarmos juntos a conversar porque pertencemos a um recente movimento  democratico através das eleições, o que significa que é dever do país”, avançou citado pelo jornal “O País.”.

“Eu disse que as boas ideias não tem cor e isso é real. Não vamos encontrar em nenhum momento um partido que não fale de paz, de combate a pobreza, que não falte ao desenvolvimento”, defendeu.

Filipe Nyusi disse ainda que não é seu desejo que os moçambicanos morram.

“O desejo de mortes não existe, o desejo de destruição, o desejo de  injustiça, agora questões do porquê isso acontece, são questões que temos de ver. Então, o nosso pedido é fazer consultas ao que estamos a viver”, disse.

O Presidente reconheceu que “as diferenças não vão acabar, mas temos de trabalhar no sentido de encontrar um denominador comum que nos une e separa daquilo que nos divide, mas sobretudo encontrar saídas”, aclarou.

Por seu torno, os partidos concordaram que não devem haver diferenças, tendo com isso questionado ao Presidente a ausência do partido Frelimo.

“Não vejo aqui a direção do partido Frelimo. Tomando em conta que a vossa excelência representa o nosso Estado, ao longo da campanha tivemos quatro candidatos às presidenciais, eu sou um deles, mas os outros não estão”, questionou Lutero Simango, em representação do Movimento demócratico de Moçambique (MDM).

O mesmo posicionamento foi referido pelo presidente do Partido Ecologista, João Massango. “Se estamos aqui é para discutirmos a situação que o país. O partido Frelimo devia estar aqui com maior força e é pertinência de todos os partidos que estivéssemos aqui”, sustentou.

Na mesma perspectiva, o presidente do PIMO, Yacub Sibind, disse que os partidos devem se encontrar com o chefe de estado caso tenham contribuições orientadas para as soluções dos dos problemas do país.

Em respostas a isso, Nyusi disse que ainda não foram determinados os modelos de auscultação, contudo, todos os partidos devem estar presentes, por isso a importância de encontros desburocratizados para que também surjam agendas e discussão para resolução de mais problemas.

Receba a nossa Newsletter

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.