Tribunal no Maláui levanta proibição nas escolas públicas. Mais de mil crianças podem retomar os estudos.
Ali Nansolo, o pai da criança proibida de ir à escola por ter rastas, ponderou várias vezes se deveria cortar as rastas do filho, de 15 anos. De acordo com o pai, para a sua comunidade, as rastas são um símbolo do seu modo de viver e religião, embora estivessem proibidas na escola pública.
Ali chegou a contactar o Ministério da educação, mas foi aconselhado a cortar o cabelo do filho.
Tudo isto mudou no início do mês. O Supremo Tribunal do país decidiu que a proibição punha em causa o direito das crianças à educação e, até 30 de Junho, mais de mil crianças vão poder regressar à escola. Este é o resultado de uma batalha jurídica de seis anos no país.
A comunidade rastafari é uma minoria no Maláui. Nansolo descreve a discriminação frustrante de não conseguir encontrar trabalho. “O mundo empresarial acha que ser rastafari está associado à criminalidade, mas nós não somos assim”.
O The Guardian, entrevistou outro pai, Mkandawire, que fez campanha durante vários anos para os seus filhos Uhuru, de oito anos, e Urunji, de 14, voltarem à escola pública. Agora, em conjunto com outros pais, pede ao Governo do Maláui uma compensação financeira para os jovens.
“Não estamos a lutar com o governo, nem a atirar pedras, mas [a tentar] chamá-los à razão”, disse Mkandawire.
Ambos os pais celebram agora a vitória para os filhos e o seu direito de estudar. (cnn)
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