Os deputados europeus consideram que a criação de um fundo soberano em Moçambique é um importante passo para uma gestão transparente das receitas do gás natural e para a distribuição da prosperidade pela população.

Segundo o chefe da delegação da Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, que terminou ontem uma visita de quatro dias a Moçambique, através da criação do fundo soberano pode conseguir-se que “as receitas provenientes de gás sejam bem geridas e sejam uma mais-valia”.

José Manuel Fernandes, falava no final de um encontro com o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, em Maputo.

“A instituição de uma conta especial onde será depositado os recursos financeiros gerados pela extracção do gás natural vai permitir que as verbas sejam canalizadas para acções de desenvolvimento a favor da população moçambicana”, acrescentou José Manuel Fernandes, citado pela Lusa.

José Manuel Fernandes elogiou Moçambique por estar a empreender passos para a modernização da sua economia e da gestão financeira, considerando esta acção um pilar para a atracção de investimento.

Recorde-se que, a Assembleia da República agendou para o próximo dia 04 de Agosto, em sessão extraordinária, o arranque da apreciação da proposta de criação do fundo soberano.

Entretanto, o ministro da Economia e Finanças disse no encontro que a União Europeia (UE) tem sido um parceiro fundamental de Moçambique, através do apoio a várias áreas.

“A União Europeia é o principal parceiro de desenvolvimento de Moçambique, com uma contribuição que tem vindo a aumentar, mas há sempre espaço para melhoria”, frisou Max Tonela.