O Novo relatório de inquérito Purchasing Managers Index (PMI) elaborado mensalmente pelo Standard Bank revela que as empresas do sector privado moçambicano observaram um abrandamento do crescimento de novos negócios a meio do ano, com os aumentos acentuados nos preços dos combustíveis e dos encargos com a produção a gerarem uma menor procura por parte dos clientes.
Contudo, revela o mais recente relatório que a actividade e a subida no emprego continuaram a acelerar, o que ajudou as empresas a eliminarem a acumulação de produtos, enquanto a previsão para o próximo ano se manteve fortemente positiva.
De acordo o relatório, valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração.
O indicador PMI desceu de 52,4 em Maio para 52,0 em Junho, indicando uma melhoria modesta, mas ligeiramente moderada, na saúde da economia do sector privado moçambicano.
“O índice permaneceu acima do valor neutro de 50,0 durante cinco meses consecutivos. A queda no principal valor teve origem, principalmente, num aumento mais fraco das novas encomendas em Junho, com o crescimento a abrandar pela primeira vez em três meses”, lê-se no relatório.
O inquérito PMI do Standard Bank considera ainda que a procura continuou a aumentar de um modo geral, com a ajuda da recuperação das condições económicas, mas houve sinais de que as pressões sobre os preços começaram a diminuir as encomendas dos clientes.
“Apesar disto, as empresas aumentaram os seus níveis de produção ao ritmo mais rápido desde Outubro de 2017 e apostaram na actividade de contratação. Consequentemente, foi possível observar a maior diminuição das encomendas em atraso desde o início do ano”, explica a fonte.
Segundo o inquérito as pressões sobre os preços dos meios de produção foram novamente acentuadas na economia moçambicana em Junho, apesar de a taxa de inflação ter abrandado ligeiramente em relação ao valor máximo dos últimos quatro anos registado em Maio.
Tanto os preços de aquisição como os custos salariais, refere o inquérito, continuaram a aumentar significativamente, refletindo os preços mais elevados dos combustíveis e as pressões sobre os salários.
Por sua vez, as empresas aumentaram os seus encargos com a produção a um ritmo acentuado, devido aos esforços para transferir maiores custos para os clientes.
O inquérito da instituição bancária diz ainda que a actividade de aquisição refletiu um aumento modesto na procura em Junho. “A aquisição de meios de produção apresentou um aumento consolidado, mas ao ritmo mais fraco registado desde Março, o que levou a uma recuperação significativamente mais lenta dos inventários”, lê-se no documento.
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