A nova variante da covid-19, Ómicron, pode ser combatida de forma eficaz com o uso das vacinas já existentes, segundo garantia da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo assegurou, esta terça-feira, o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan, “não há razão para duvidar” de que as vacinas actuais protegem os doentes infectados com Ómicron contra formas graves de covid-19.
Embora não tenha revelado as marcas da vacinas com potencial dar uma resposta eficaz contra a nova variante, Ryan disse que os imunizantes existentes são “muito eficazes e potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso” com a Ómicron.
Entretanto, um estudo conduzido na África do Sul, e publicado esta terça-feira, avança que a Ómicron parece diminuir a eficácia da vacina da Pfizer, mas poderá oferecer uma maior protecção a quem tenha levado uma dose de reforço.
New work from AHRI's @sigallab strongly suggests that the SARS-CoV-2 #Omicron variant escapes antibody immunity induced by the Pfizer vaccine, but that considerable immunity is retained in people who were both vaccinated & previously infected. https://t.co/AZWi3qexin pic.twitter.com/3phPFyKEPh
— Africa Health Research Institute (@AHRI_News) December 7, 2021
Na prática, aquilo que os dados parecem indicar é que as pessoas vacinadas são mais vulneráveis a uma infecção com Ómicron do que com outra variante.
Ma por outro lado, o Director do instituto africano, Willem Hanekom, reitera que “todos os especialistas em vacinação concordam que as vacinas ainda protegem contra a doença grave e morte em relação à Ómicron”.
O Director-geral da OMS para a Europa, Hans Kluge, lançou, esta terça-feira, um apelo para que só se utilize a regra de vacinação obrigatória em último recurso. Primeiro seria importante sensibilizar a população para a importância de receber a vacina. Só depois de esgotadas todas as alternativas, será aceitável forçar a vacina aos europeus.