Só para ver…, está na França, mas nasceu no Congo…
Uma nova variante do coronavírus foi descoberta em França e comporta cerca de 46 mutações, das quais uma pode estar por trás do aumento progressivo de contaminações, avançou, na terça-feira, um jornal espanhol.
O primeiro caso de infecção pela variante B.1.640.2, também denominada IHU pelos investigadores do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha, ocorreu na cidade de Forcalquier, no departamento de Alpes da Alta Provença. De acordo com os cientistas, deriva de uma outra variante que já tinha sido identificada no Congo, em Setembro de 2021, pouco tempo antes de a ómicron surgir na África do Sul, em Novembro do mesmo ano.
Outros casos da IHU foram registados na mesma região, mas em Marselha, e estão associados a viagens para os Camarões, um país que faz fronteira com a República do Congo (Brazaville).
Ainda pouco se sabe sobre a IHU, cujo estudo foi tornado público em finais de Dezembro e ainda carece de revisão dos pares, considerando o baixo número de casos detectados.
Abdi Mahamud, gerente de incidentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante está “no radar”, mas que é muito cedo para especular sobre as características virológicas, epidemiológicas e clínicas, de acordo com o portal poder360.
Alerta da OMS para o surgimento de nova variante
A OMS alertou, esta terça-feira, para o possível surgimento de uma nova variante à medida que a ómicron se propaga e afecta muitas pessoas em diferentes regiões.
Neste momento, a variante ómicron é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas de preocupação, ao apresentar mais de 30 mutações genéticas na proteína spike, a que permite a entrada do vírus no organismo humano.
“Quanto mais a ómicron se espalha, mais se transmite, mais se replica e mais é suscetível de gerar uma nova variante”, disse a responsável pelas situações de emergência na OMS Europa, Catherine Smallwood, citada pelo site expresso.
“Quem pode dizer o que a próxima variante pode gerar?”, interrogou-se.