País africano, Costa de Marfim vai-se tornar num “grande” produtor de petróleo a partir de 2023, após a descoberta, em setembro passado de hidrocarbonetos que serão explorados pela empresa italiana Eni. A informação foi avançada pelo próprio presidente da costa marfinense, Alassane Ouattara.
O presidente executivo (CEO) da Eni, Claudio Descalzi, confirmou que “a primeira produção” deste campo será em 2023.
A Costa do Marfim anunciou, em setembro, que tinha feito uma “grande descoberta” de petróleo e gás natural ao largo da sua costa, no leste do país.
O potencial do campo, chamado “Baleine”, é elevado: 1,5 a 2 mil milhões de barris de crude e 1.800 a 2.400 mil milhões de pés cúbicos de gás associado.
Até agora, a Costa do Marfim tem sido um modesto produtor de hidrocarbonetos, com cerca de 30.000 barris por dia. Não se sabe ainda quanto da produção será exportada, e quanto ficará para consumo interno.
Durante a fase de exploração, a Eni controlou 90% do bloco CI-101, enquanto a Petroci Holding, que representa os interesses do governo, controlava 10%.
“Claro que há um aspeto financeiro, mas também há um de formação, que é muito importante” para o emprego dos jovens, explicou o chefe de Estado, citado pela Lusa.
Além da Eni, várias empresas internacionais, como a Total e a Tullow Oil, anunciaram grandes descobertas nos últimos anos no país, que tem 51 campos identificados, dos quais quatro estão em produção, 26 estão a ser explorados e 21 estão ainda livres ou em negociação.