A Conferência mundial sobre o Clima (COP27) iniciou este domingo na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egipto, tendo em agenda o debate sobre compensações dos países ricos para os países mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.
Falando na abertura do evento, o presidente da COP27, Sameh Shoukry, considerou esta ser a primeira vez em que “num espaço institucionalmente estável” se discute, em alto nível, a possibilidade de financiamento para lidar com as mudanças ambientais.
Na COP26 do ano passado em Glasgow, os países mais ricos bloquearam uma proposta de um órgão de financiamento de perdas e danos e defenderam um novo diálogo de três anos para discussões de financiamento, escreve a VOA Português.
Segundo Sameh Shoukry, a ideia e que se alcance algum consenso pelo menos at 2024, dado que “a inclusão da agenda reflecte um sentimento de solidariedade para com as vítimas dos desastres climáticos”.
O secretário-geral das Nações Unidas avisou que o “planeta está a enviar um sinal de sofrimento”.
“Enquanto inicia a COP27 o nosso planeta está a enviar um sinal de sofrimento”, afirmou António Guterres, que apontou para uma situação “crónica do caos climático”.
A reunião acontece quando a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou os oito anos entre 2015 e 2022 serão os mais quentes já registados na história da humanidade.
Pesquisadores dizem que o mundo já aqueceu 1,2°C e limitar as temperaturas em 1,5°C exigiria que as emissões caíssem 43% até o final da década, uma meta altamente ambiciosa.
Para chegar à meta menos ambiciosa de 2 C, as emissões têm de cair 27%.
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