As comunidades em redor do Parque da Gorongosa, no centro de Moçambique, vão beneficiar de um programa de 20 milhões de euros para desenvolvimento de meios de vida sustentáveis, anunciaram os promotores em comunicado.
A iniciativa é financiada na totalidade pela cooperação holandesa, e apoiada pelo parque e pelo Governo moçambicano.
O programa visa “contribuir para a melhoria das condições socioeconómicas das comunidades da zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa”, com aumento da produção agrícola, melhoria de índices de nutrição, fornecimento de água e saneamento, bem como iniciativas de promoção de saúde sexual e reprodutiva.
O programa terá a duração de cinco anos (2022-2027) e deverá abranger 45 mil beneficiários directos, dos quais 15 mil produtores, detalharam os promotores.
“A protecção da biodiversidade, para ser bem-sucedida, deve ser um processo inclusivo, com a participação de todos”, justificou Mike Marchington, director de Finanças e Planeamento do parque citado pela Lusa.
A Gorongosa foi o primeiro parque nacional de Portugal em 1960, na época colonial, dilacerado entre 1977 e 1992 pela guerra civil que se seguiu à independência de Moçambique.
Em 2008, a fundação do milionário e filantropo norte-americano Greg Carr assinou com o Governo moçambicano um acordo de gestão do parque por 20 anos – prolongado por outros 25 anos em 2018 – que tem levado à sua renovação em várias frentes, com projectos sociais aliados à conservação.
A última contagem de fauna bravia, realizada em Outubro, bateu um novo recorde ao superar os 102 mil animais.
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